Esta é a primeira vez que uma exposição do artista, um dos brasileiros mais pesquisados e exibidos mundo afora, é apresentada em Brasilia. A maior parte das obras vem do acervo de César e Cláudio Oiticica, e reúne seus famosos Metaesquemas, os desenhos do período neoconcreto, guaches, bólides, uma calça feita para a Mangueira, além de Bólides, Penetráveis e filmes. Com curadoria de Cesar Oiticica Filho, Fernando Cocchiarale e Wagner Barja, a mostra cobre todos os períodos da produção do artista.
Interação: os penetráveis estão entre as estruturas artísticas criadas por Hélio Oiticica
A mostra é uma itinerância da realizada em março no Itaú Cultural, em São Paulo, e da realizada em setembro, no Rio de Janeiro. Ancorada no Museu Nacional, a exposição traz ainda raríssimos penetráveis, obras monumentais de Hélio Oiticica [1937-1980], que serão instalados em espaços pblicos, como "Invenção da Luz", feito pelo artista para Brasília em 1978/ 1980, e que será visto pela primeira vez na cidade, no Eixo Monumental, em frente à Funarte. Outros penetráveis são “PN 16” (ou “PN Nada”), concebido em 1971, que ficará na Praça da República, anexa ao Museu, onde também estará “PN 14”, do mesmo ano. “Macaléia”, de 1978, ficará na rampa anexa ao museu.; “Mesa de Bilhar – Apropriação d’après O Café Noturno de Van Gogh”, de 1966, na Estação Rodoviária, e “Penetrável da Gal”, de 1969, na Casa da Cultura da América Latina.
Os penetráveis “Éden”, um conjunto de vários ambientes que integrou a primeira exposição do artista em Londres, na White Chapel, em 1969, e “Rhodislândia”, de 1971, estarão no Museu Nacional.
A mostra também tem apoio e parceria estratégica do MinC, e é considerada a mais completa retrospectiva sobre o artista, com exibição de cerca de 90 obras, além de filmes, fotografias e documentos.
O fim do processo de higienização e o começo da restauração propriamente dita das obras danificadas pelo incêndio do ano passado, contou com o significativo investimento de mais de R$ 800 mil do Ministério da Cultura. No total, o MinC investirá mais de R$ 2,3 milhões na recuperação e difusão da obra de Oiticica. Segundo César Oiticica Filho, sobrinho de Hélio e um dos curadores da mostra, a exposição prova que a obra de Hélio Oiticia não acabou. Pelo contrário, ela está mais viva do que nunca. Ele conta que está cumprindo a vontade do tio. “Era isso o que o Hélio queria: colocar todo o seu percurso de artista, desde a adolescência até o final de sua obra, com a exibição de obras e categorias que nunca foram mostradas na sua plenitude”, explica.
Fonte: Cerrado Mix e Tribuna do Brasil.
serviço
Museu é o Mundo
Abertura: dia 21/12, às 20h, no Museu Nacional
da República.
- Esplanada dos Ministérios.
De 21/12 a 20/02,
das 9h às 21h.
Entrada franca.