quarta-feira, julho 14, 2010

LANÇAMENTO - QUINTA, 15.07.2010


QUINTA-FEIRA, 15 DE JULHO DE 2010 - 19 HORAS, GRANATO LANÇA CARTA
MANIFESTO MITOS VADIOS 2. ACOMPANHE NO FACE BOOK, YOUTUBE, TWITER E AQUI NO BLOG.

LANÇAMENTO EM OURO PRETO, DURANTE O FESTIVAL DE INVERNO NO TEATRO MA
IS ANTIGO DA AMÉRICA LATINA.

CONVOCAÇÃO GERAL.


A POUCA REALIDADE :: Por Ferreira Gullar

BIENAL 2010

A pouca realidade 2
Por Ferreira Gullar


NA CRÔNICA que publiquei no dia 7 deste mês, disse que a próxima Bienal de São Paulo teria o propósito de nos mostrar aspectos da realidade política e social, por meio de filmes, vídeos e fotografias, conforme li na imprensa. Pareceu-me que, com isso, a Bienal se inseria na tendência chamada arte contemporânea de nos mostrar a realidade em lugar de recriá-la ou transfigurá-la. A curadoria da mostra contestou minha afirmação, alegando que, pelo contrário, pretende "destacar a singularidade da arte em relação ao campo da cultura e se propõe mostrar a relação entre arte e política". Acrescenta, ainda, concordar com minha tese de que a arte existe porque a realidade não nos basta. Se é assim, tanto melhor. Mas por que fazê-lo por meio do cinema se a Bienal é de artes plásticas?

Quem leu a referida crônica terá percebido que me vali da futura Bienal como pretexto para expor meu ponto de vista, segundo o qual a chamada arte contemporânea caracteriza-se não por reinventar a realidade e, sim, simplesmente, mostrá-la. Esses artistas -se ainda cabe chamá-los assim- têm as chamadas linguagens da pintura, da gravura, da escultura etc., por superadas.

Vou me valer de uma metáfora bem simples. Ao nascermos, porque ainda não aprendemos a falar, somos quase que apenas nosso corpo -um bichinho que apenas gesticula. Depois que aprendemos a falar, tudo muda, já podemos traduzir em palavras o que sentimos e desejamos, e, por meio da poesia, nos inventamos e inventamos a realidade imaginária que amplia nossa existência. Assim também, se me torno pintor, de posse de uma nova linguagem, reinvento a realidade e a transfiguro.

Mas o que sucederia se, por alguma razão, essa linguagem pictórica se desfizesse? Restaria eu, pintor sem linguagem, diante da realidade, agora inalcançável. Cézanne, ao pintar a maçã, não a copia, simplesmente; muda-a em pintura. As garrafas e púcaros dos quadros de Morandi são entes pictóricos, que ele acrescentou ao mundo, o que só se tornou possível pelo domínio técnico e poético da linguagem da pintura. Sem ela, o que faria Morandi, fascinado como era, pelo mistério daqueles objetos? Nos chamaria a sua casa para mostrá-los? Certamente, não o faria por saber que a função do artista não é mostrar a realidade, mas mudá-la. Tanto o sabia que, tendo vivido até 1964, não aderiu às vanguardas que negaram a linguagem da arte.

O que é o "ready-made", se não a apropriação do que já está feito? O "ready-made" dispensa a linguagem da arte, ou seja, dispensa a arte que, sem linguagem, não existe. Mas Marcel Duchamp, que era artista, dedicou oito anos a fazer o "Grande Vidro" e 12 a fazer o "Étant Donné", que, aliás, de realidade não tem nada: é puro sonho.

O "ready-made" duchampiano expressa a contradição entre a arte artesanal e a sociedade industrial. É como se Duchamp dissesse: "Nesta época, a arte já era". E, com isso, o pintor saiu do espaço fictício do quadro para o espaço real do mundo.

No começo, o propósito era criar, nesse espaço, objetos que, de algum modo, aludissem à subjetividade, do artista e do espectador, mas, em seguida, até essa significação estética (isto é, formal) se desvaneceu e ao artista, sem linguagem, só restou a realidade inalcançável.

A performance resulta dessa perda da linguagem: sem ela, sou apenas meu corpo material: lambuzo-me de tinta, me masturbo em público, me corto, fico nu no museu; sim, no museu, porque ficar nu na rua ou em casa não é arte. Tenho que me masturbar na galeria de arte para que a masturbação vire expressão estética. Sem linguagem artística, reduzido a meu próprio corpo, é a instituição -o museu, a galeria de arte- que dá sentido às minhas atitudes e ações.

Por coincidência, naquele mesmo domingo em que abordei aqui este assunto, um jornal do Rio publicou uma entrevista com Marina Abramovic, artista performática que está se exibindo no MoMa. Um dos principais elementos de sua exibição são mulheres e homens nus. Ela fez questão de explicar que não se trata de teatro, "onde tudo é mentira, pois os atores fingem que são personagens e o sangue é tinta vermelha". Já na performance, é tudo verdade, tudo é real: se houver sangue, é sangue mesmo. E assim ela confirma o que afirmei sobre a arte contemporânea que, ao contrário do que a arte sempre fez, não cria nada: mostra o real. Ou seja, o que já conhecemos e não nos basta. Em matéria de nus mostrados em museus, prefiro o Davi, de Michelangelo, ou a Vênus de Cnido, que, em vez de me constrangerem, me deslumbram.
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A pouca realidade
Por Ferreira Gullar
A arte existe porque a realidade não nos basta;
copiar a realidade é chover no molhado


LEIO QUE a próxima Bienal de São Paulo será tomada por filmes, fotografias e videoinstalações. E não serão filmes de ficção, mas filmes que tratam da realidade política, econômica e social. Essa notícia veio ajustar-se a uma leitura que tenho feito do rumo tomado pelas artes plásticas, segundo a qual tudo o que nelas era fantasia foi substituído pela realidade. O realismo do passado representava a realidade; o de agora mostra-a.

A grande arte inventa o real, subverte-o, enriquece-o mesmo quando se trata de realistas como Corot ou Courbet. Digo que a arte existe porque a realidade é pouca, não nos basta. Copiar a realidade é chover no molhado.

Após o realismo do século 19, veio o impressionismo, de Monet e Renoir, em que a realidade do mundo dissolvia-se em luz e cores vibrantes, que mudavam com o passar dos minutos. Cézanne queria uma pintura menos fluida, mais sólida, mais próxima do real, porém, grande artista que era, terminou por desintegrar as formas reais em manchas, abrindo caminho para o cubismo. Ele dizia que, sem a natureza, não havia pintura, mas, em vez de copiá-la, tratou de mudá-la em sua pintura: a substância das maçãs que pintou é pictórica, não é a mesma da maçã real.

Pois bem, os cubistas inverteram a questão; em vez de partirem da natureza, partiram da tela, dos elementos gráficos e cromáticos para reinventar o real: o cachimbo, que se vê numa natureza-morta de Braque, não existe; ele o inventou. Foi o começo de uma revolução que a tudo subverteu e, o quadro, agora, tanto podia ser pintado como feito de recortes de jornal, fios de arame, barbante, areia, pano colado na tela. Expulso da pintura o objeto natural, tornou-se o quadro o objeto da pintura e, assim, qualquer coisa que se pusesse ali viraria arte. E nasceram a arte Merz (quadros-colagens), de Schwitters; o dadaísmo, de Arp e Duchamp; o suprematismo, de Malevitch; sem falar no neoplasticismo, de Mondrian. Implodida a linguagem pictórica, todos os caminhos se tornaram possíveis, menos a volta à imitação da natureza.

A tendência realista foi consequência da substituição da visão religiosa pela concepção científica e do desenvolvimento industrial. A linguagem abstrato-geométrica da arte levou Malevitch ao impasse da tela em branco, que o fez trocar o quadro pela construção no espaço real. Por sua vez, Schwitters passou a construir o Merzbau, uma “assemblage” tridimensional, que crescia todos os dias, a cada novo elemento que ele trazia da rua. Lygia Clark, décadas depois, no Brasil, diante do mesmo impasse, também abandonava a tela pela construção no espaço real, inventando os bichos e objetos relacionais, que, na verdade, eram pura sensorialidade, ou seja, a expressão reduzida à sua realidade material.

Com a eliminação da referência à natureza e o fim da linguagem pictórica, o quadro, como espaço imaginário, morrera e a matéria da arte passou a ser a realidade “tout court”. A rejeição da arte, como expressão estética, tornou-se a tendência preponderante. Se um artista amarra um cão numa galeria de arte, para fazê-lo morrer de fome e sede, e outro convida pessoas para verem larvas de moscas através de um microscópio, deixam evidente que o que lhes resta é mostrar a realidade, já que, sem a linguagem da pintura, não podem reinventá-la, como a arte sempre fez. E assim são levados a crer que o que vale é o real; arte é mentira. Sim, a mentira mais verdadeira que a verdade, como o sabia Pablo Picasso.

Os estetas e teóricos da arte, como os artistas, sempre entenderam que arte e realidade são coisas distintas, pelo fato mesmo de que a arte-pintura, sendo um modo de expressão, não tem a materialidade das coisas reais. Ao substituir as significações simbólicas pela exposição pura e simples dos fenômenos reais, abre-se mão da capacidade humana de criar um universo imaginário que, durante milênios, contribuiu para fazer de nós seres culturais, distintos dos demais seres vivos que, estes, sim, limitam-se à experiência do mundo material.

Neste contexto, a próxima Bienal de São Paulo muda-se em festival de cinema, fotos e vídeos para nos mostrar a realidade que já conhecemos: a guerra, as penitenciárias, os prostíbulos, os drogados, enfim, o pesadelo redundante, que nos chega diariamente pela televisão e pelos jornais. Ao contrário disso, uma obra de arte como “Noite Estrelada”, de Van Gogh, por exemplo, não é nunca redundante; é sempre atual, é um deslumbramento a mais no mundo. A arte existe porque a realidade não nos basta, sabiam?

"Hoje em dia, o pessoal está confundindo a Bienal com o Fashion Week; uma coleção nova a cada seis meses".

Parte da entrevista de Vik Muniz a Luciano Trigo (maquina de escrever)

Da fotografia do Pollock refeita com chocolate ao Lucio Fontana refeito com pigmentos, passando pelos retratos de confete, você repete o procedimento de representar/re-apresentar imagens/obras com materiais inusitados. Não teme que isso se torne repetitivo? Ou isso não importa?

VIK: A noção de “representar repetitivamente imagens conhecidas com materiais inusitados” é uma simplificação cruel e reducionista do meu trabalho. O mesmo seria simplificar a obra de Beatriz Milhazes à “persistentemente repetir padrões decorativos com tinta acrílica” ou a de Cildo Meireles como “esboçar questões sobre o sistema de valores se servindo de acumulações de objetos” Todo mundo quer reduzir o trabalho do artista a um resumo de uma linha, e quando conseguem, por subtração, omissão calculada ou por pura ignorância, acreditam ter o assunto como encerrado. Mondrian pintou quadrados quase uma vida inteira, Morandi, os mesmos potes, Ryman só telas brancas, e Flavin, só tubos fluorescentes. Hoje em dia, o pessoal está confundindo a Bienal com o Fashion Week; uma coleção nova a cada seis meses. Isso é uma cobrança fútil; o artista, ao longo da carreira, acumula estratégias e preocupações que revisita com frequência. Não existe nenhuma necessidade de se abandonar tais convicções, tanto porque, para o público cuja atenção curta requer uma sucessão ininterrupta de novidades, existe sempre a possibilidade de descobrir novos artistas. Uma das preocupações centrais do meu trabalho reside, sim, na relação entre o material e a imagem, na definição continua dessa ligação sublime entre o material e o mental. Isso tem sido uma pesquisa longa e engajada – e também completa, no sentido em que procurei esgotar em cada série todas as nuances e sutilezas que a situação propiciava. A escolha de trabalhar em séries também tem a ver com a criação de um modo de trabalho que possibilita uma evolução sutil. A cada obra de uma série é possível aplicar o conhecimento adquirido em obras seguintes. Eu não procuro realizar obras-primas ou revoluções em meu trabalho; eu vejo uma evolução discreta de pequenas ideias e conceitos que se alinham e se aprimoram. Pode parecer repetitivo dependendo da generosidade do espectador, mas cada trabalho lida com uma pequena ideia diferente.

"Eu me vejo bastante conservador, no sentido em que sempre estou procurando um sentido evolucionário, em vez de revolucionário, no plano do desenvolvimento da relação do ser humano com a imagem”

É quase consensual hoje que esse modelo das grandes Bienais está em crise.

Parte da entrevista de Luciano Trigo, Autor de A Grande Feira, uma investigação sobre o mundo e o submundo do mercado das artes. O jornalista Luciano Trigo fala sobre nós e mitos da arte e do mercado no país: “hoje não existem, fora do mercado, critérios para diferenciar uma obra boa de uma obra duvidosa”.

Por Leonardo Brant (Cultura e Mercado)

LBQuais as suas expectativas em relação à Bienal de SP, prevista para o segundo semestre de 2010?

LT – Depois do fiasco da última Bienal, chamada de “Bienal do Vazio”, o que vier será lucro. Mas é quase consensual hoje que esse modelo das grandes Bienais está em crise. Em todo caso, a lista de artistas convidados já divulgada mostra que há uma valorização de nomes brasileiros dos anos 70, combinada com a presença de algumas estrelas internacionais, como Steve McQueen – cuja obra mais famosa é a reencenação de um trecho de um filme pastelão do Buster Keaton, uma grande bobagem que lhe valeu o Turner Prize, que aliás costuma premiar grandes bobagens. Também li que vão montar meia dúzia de terreiros no pavilhão, o que já é algo preocupante. Por fim, um dos curadores declarou numa entrevista que essa Bienal será um laboratório para algo que ele ainda não sabe direito o que é. Essa declaração é muito reveladora do atual estado das coisas.

BIENAL :: CORRENTE

:: Obra simbolo do Movimento criada por Ivald Granato ::

29ª Bienal de São Paulo

A 29ª Bienal de São Paulo está ancorada na ideia de que é impossível separar a arte da política.

Essa impossibilidade se expressa no fato de que a arte, por meios que lhes são próprios, é capaz de interromper as coordenadas sensoriais com que entendemos e habitamos o mundo, inserindo nele temas e atitudes que ali não cabiam e tornando-o, assim, diferente e mais largo.

A eleição desse princípio organizador do projeto curatorial se justifica por duas principais razões. Em primeiro lugar, por viver-se em um mundo de conflitos diversos, onde paradigmas de sociabilidade são o tempo inteiro questionados, e no qual a arte se afirma como meio privilegiado de apreensão e simultânea reinvenção da realidade. Em segundo lugar, por ter sido tão extenso esse movimento de aproximação entre arte e política nas duas últimas décadas, se faz necessário, novamente, destacar a singularidade da primeira em relação à segunda, por vezes confundidas ao ponto da indistinção.

É nesse sentido que o título dado à exposição, “Há sempre um copo de mar para um homem navegar"verso do poeta Jorge de Lima tomado emprestado de sua obra maior, Invenção de Orfeu (1952) –, sintetiza o que se busca com a próxima edição da Bienal de São Paulo: afirmar que a dimensão utópica da arte está contida nela mesma, e não no que está fora ou além dela. É nesse “copo de mar” – ou nesse infinito próximo que os artistas teimam em produzir – que, de fato, está a potência de seguir adiante, a despeito de tudo o mais; a potência de seguir adiante, como diz o poeta, “mesmo sem naus e sem rumos / mesmo sem vagas e areias”.

Por ser um espaço de reverberação desse compromisso em muitas de suas formas, a mostra vai pôr seus visitantes em contato com maneiras de pensar e habitar o mundo para além dos consensos que o organizam e que o tornam ainda lugar pequeno, onde nem tudo ou todos cabem. Vai pôr seus visitantes em contato com a política da arte.

A 29ª Bienal de São Paulo pretende ser, assim, simultaneamente, uma celebração do fazer artístico e uma afirmação de sua responsabilidade perante a vida; momento de desconcerto dos sentidos e, ao mesmo tempo, de geração de conhecimento que não se encontra em nenhuma outra parte. Pretende, por tudo isso, envolver o público na experiência sensível que a trama das obras expostas promove, e também na capacidade destas de refletir criticamente o mundo em que estão inscritas. Enfim, oferecer exemplos de como a arte tece, entranhada nela mesma, uma política.

Equipe Curatorial

Com curadoria de Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias, a 29ª Bienal de São Paulo conta, ainda, com um grupo de curadores convidados de procedências diversas, os quais contribuem para que o projeto tenha amplitude e densidade compatível com a vocação internacional que a instituição possui desde sua origem, são eles: Fernando Alvim (Angola), Rina Carvajal (Venezuela / Estados Unidos), Yuko Hasegawa (Japão), Sarat Maharaj (África do Sul / Reino Unido) e Chus Martinez (Espanha).

O Lugar e o Tempo da Mostra

A exposição contará com cerca de 145 artistas de diversas partes do mundo, sem tomar a origem territorial como valor de seleção. Nesse sentido, reafirma-se a abolição das chamadas representações nacionais, traço característico da Bienal de São Paulo até poucos anos, mas que não mais traduz a complexa rede de migrações e de trânsitos que marca a vida contemporânea. É importante para a 29ª Bienal de São Paulo, porém, enfatizar o lugar e o tempo a partir dos quais ela é organizada: desde o Brasil e desde um momento de rápida reorganização geopolítica do mundo.

Bienal Estendida

O projeto aqui anunciado não se esgota na apresentação de um conjunto articulado de obras, embora este seja, é evidente, seu núcleo e seu lugar de destaque. Tampouco se comprime apenas nas datas em que a exposição estará aberta. A 29ª Bienal de São Paulo se estenderá a várias outras partes, e começa desde agora. Por meio de seu programa educativo, de atividades discursivas, de residências artísticas e de seu website, ela se afigura como um projeto múltiplo que aposta na arte como forma de conhecer e mudar o mundo de uma maneira única.

Lista Oficial dos Artistas das 29ª Bienal de São Paulo

Calendário

20 de setembro - Preview
das 9 às 17h (Imprensa)

21 de setembro - Preview
das 9 às 17h (Imprensa)
19h: pré-abertura para convidados institucionais, meio artístico, entre outros.

22 a 24 de setembro
19h: Convidados dos patrocinadores

22 e 23 de setembro
Manhã e tarde: Professores (Programa Educativo)

25 de setembro
10h: Abertura oficial da 29ª Bienal de São Paulo

12 de dezembro

Encerramento da 29ª Bienal de São Paulo

Horários de funcionamento
De 2ª a 4ª feira: das 9 às 19h.
5ª e 6ª feira: das 9 às 22h.
Sábado e domingo: das 9 às 19h.