A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta a exposição Georg Baselitz: Pinturas Recentes. De 07 de dezembro a 30 de janeiro 2011
Pela primeira vez, será apresentado na America do Sul um conjunto de 30 pinturas realizadas nos últimos 12 anos, período em que o artista revisita os temas centrais de sua obra, dando-lhes uma nova face. Acompanhando e reagindo à dinâmica cultural contemporânea, sua pintura se tornou mais lírica, mais rápida e fluída, ao mesmo tempo mais ácida e mais irônica. "Remix"; assim Baselitz denominou este projeto assumindo de maneira critica e pessoal esse conceito difundido em outras esferas da cultura de massa.
Através das obras dessa última década, o pintor parte em revisita aos seus temas, suas obsessões, sua trajetória existencial e artística, iniciando uma nova fase A obra de Georg Baselitz (Alemanha, Deutschbaselitz, 1938), que tem início nos anos 1960, é marcada pelas influências do expressionismo alemão como também pelo expressionismo abstrato norte-americano. Ao longo de sua trajetória, Baselitz também assimilou outras influências como a arte africana e o maneirismo francês e italiano do século XVI.
O uso livre das cores, a pincelada agressiva, as imagens ora abstratas ora figurativas e, especialmente, a representação das figuras de cabeça para baixo, tornam sua obra inconfundível. Hans-Georg Kern nasceu em 1938, assumindo em 1961 o nome de Georg Baselitz em alusão a sua cidade natal, Deutschbaselitz, então parte da Alemanha Oriental. A pesada herança alemã do pós-guerra, passando pela reunificação que neste ano comemora 20 anos, tem sido objeto de sua visão provocativa e implacável.
O profundo envolvimento com a tradição expressionista e sua visão do mundo contemporâneo, tornou Baselitz um dos grandes artistas da segunda metade do século XX até os dias de hoje. Essa dimensão de sua obra tem sido reconhecida pelas grandes instituições artísticas mundiais nas quais expôs e está presente no acervo. Na sua longa trajetória artística Baselitz representou a Alemanha na Bienal de Veneza de 1980 e participou da Documenta V e VII nos anos 1972 e 1982.
Em 1995 o Museu Guggenheim de Nova Iorque realizou a primeira grande retrospectiva do artista que posteriormente foi exibida no Los Angeles County Museum of Art, no Hirshhorn Museum and Sculpture Garden em Washington e na Neue Nationagalerie em Berlim.
Em 1996, o Musée de l'Art Moderne de la Ville de Paris também efetuou uma retrospectiva. Mais recentemente, em 2007, a exposição retrospectiva mais ampla até hoje em dia foi realizada pela Royal Academy em Londres. Os trabalhos da série “Remix” foram mostrados pela primeira vez, em 2006 e 2007, na Pinakothek der Moderne de Munique e no Museu Albertina de Viena.