Por Octaviano Moniz (Tatau)
Foto: Retrato do Tatau :: por Ivald Granato
Eu vou sair do sertão num pau-de-arara e a viagem vai virar documentário. Vou pra Sampa, a megalópole. Não levo nada, só um par de Havaianas (patrocinado que não dou mole),1kg de carne seca, muita farinha e minha inseparável Glock. Se alguém vier tirar onda em cima do baiano leva chumbo. Vai ser uma performance a la Anish Kapoor, só que a minha vai ser melhor, sem metáforas, onomatopéias, cacofonias e outras frescuras que artistas e cú-ra-dores adoram, claro, depois do vibrador japonês com I Pad e Kindle. Rios de sangue intelectualóides, vísceras de hipertexto, corações de hashtags. Tatau in concert. Aguardem, o MITOS VADIOS II. Granato vai abalar as estruturas desta Bienal caduca, que não muda desde 51, antes de JK, o mundo mudou pseudo filósofos. Este modelo não atende mais a sociedade brasileira nem mundial, são mais de 200, virou moeda de troca, a mão invisível do mercado se apossou da mostra(Adam Smith) e os artistas ficaram relegados a um banquinho sentados olhando os espectadores verem as obras como as madames vêem objetos da Hermes, da Courreges, arte virou griffe.
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