Fonte: Correio da Manhã - Ana Maria Ribeiro com agências, 30.12.2010
Numa tentativa desesperada para conseguir recuperar obras de arte roubadas, a Polícia Nacional de Espanha acaba de difundir imagens de quadros que se acredita estarem em circulação no mercado negro e poderem atingir preços exorbitantes. Alguns deles, de artistas de primeira linha, como Picasso, Cézanne, Van Gogh, Joaquín Sorolla ou Rembrandt, num total estimado em várias centenas de milhões de euros. Algumas obras desapareceram há 20 anos.
Dama Desconhecida’, Velázquez
Os casos de arte roubada estão entregues em Espanha à Brigada de Património Histórico – departamento já distinguido várias vezes pelo seu bom desempenho na procura de objectos artísticos desaparecidos no Mundo inteiro.
A brigada criou, há mais de dez anos, uma base de dados pioneira, a ‘Dulcinea’, partilhada por toda a polícia espanhola e que pode ser consultada até nos carros de patrulha. Da lista constam mais de oito mil peças, entre pinturas, esculturas ou artefactos arqueológicos.
No entanto, mesmo com toda a informação a circular, há peças que ‘teimam’ em não aparecer e algumas estão desaparecidas há 20 anos, como ‘Dama Desconhecida’, quadro de Velázquez roubado do Palácio Real de Madrid em 1989.
A lista inclui ainda telas roubadas recentemente, como ‘O Pombo e as Ervilhas’, de Picasso, e ‘A Pastoral’, de Matisse, ambas surripiadas em Maio deste ano do Museu de Arte Moderna de Paris.
Entre as mais procuradas pela polícia – até pelo seu valor extraordinário –, está a tela ‘Auvers sur Oise’, de Paul Cézanne, avaliada em 4,8 milhões de euros e misteriosamente desaparecida do Museu Ashmolean de Oxford, no Reino Unido, em 2000.
Da base de dados constam ainda ‘Giestas e Papoilas’, de Van Gogh, roubada no Egipto, e ‘Mulher com Chapéu’, de Toulouse-Lautrec, roubada em Itália.
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